domingo, 14 de fevereiro de 2010

Respiro, Inspiro, Transpiro

Para mim, escrever é compreender-me; senão escrevesse dissipava numa diminuta infernal imaginação humana.
Mas nada me escreve.
Para mim, escrever é ser compreendido; senão escrevesse não teria beleza nas profundezas do eu mais íntimo.
Mas nada me consegue escrever.
Para mim, escrever é compreender o incompreendido; senão escrevesse o escrever jamais escreveria que escrever é-se ser escrito.
Escrevo: “o que foi que aconteceu?”
E o mundo virado ao contrário. Feito um louco atroz!
Foste tu? Ou fui eu?
No fundo fomos nós.
Escrever na detonação da mudança, na explosão da obscuridade, no propagar de quem não alcança o estrondo da tempestade.
Respiro!
Escrevo por um motivo.
Escrevo por um norte.
Escrevo por um lugar cativo.
Talvez escreva por um forte,
Por uma segurança, por um abrigo,
Por um compreender que caiba entre mim e comigo.
Oh! Fascinante vida de viver,
Relacionais são os seres,
Que todos me gostavam de te ter.
Fazer parte integrante de uma vida,
É viver simplesmente:
Com estima, sem sofrimento?
Com rima e com alento.
Com ânimo, sem respiração,
Com fôlego e (com)paixão.
Com verdade, com coragem,
Vivam em mim…
Com sinceridade não nunca jamais à minha margem.
Se querer é poder, crê em querer e talvez possas poder.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Velejar

Há horas que não escrevo e já sinto falta!
Os minutos intermináveis não têm bastado,
As experiências vividas contigo, transeunte.
Têm sido infinitamente curtas,
Enfiamo-nos em cada ambiente, fazemos com cada cousa…
Não somos suficientemente rebeldes por passar vermelhos e por não fumar!
[Ai! Sociedade esta:
Perdida por entre gentes,
(A)fundada por mentes e dementes,
Suportada por uma só aresta!!!!!!
Ai! Sociedade esta!] – desabafo!
Foi um parêntese de um há muito que não escrevo,
De um há muito que não me atrevo…Mas!
Fiz anteontem um “pequeno passo para a humanidade e um grande passo para mim”.
E nada parece fazer sentido quando se escreve assim.
Que vantagem trazer comigo a alma virada do avesso,
Antes escrever palavras que não são lógicas, mas sentidas.
Do que escrever estrategicamente.
Muitos transeuntes estão longínquos de compreender, a léguas de perceber,
A milhas de entender,
Que viver é feito de “olha ali o barco”.
Mais profundo aparenta ler,
Estes rabiscos sem sentido
São o meu rumo de há uns anos perdido.