quarta-feira, 14 de abril de 2010

A rua da minha infância

Rua da minha infância…passei por ela,
Choraminguei de lembrança quando me vi nela.
Aquela calçada desenhada pela sombra do dia,
Aquela janela do sapateiro que olhava sempre quando passava mais um,
Aquela montra da mercearia que parece que continua igual,
Aquela esquina que medo de noite faz fazia,
Aquele passeio que tem um poste e que um dia catrapum!
Aquela rua um dia foi minha… Estou desigual e ela sempre leal.
A rua da minha infância agora está mais pequena,
Não pelo cheiro, não pelo som dos passarinhos,
Não pelo calor que ainda se faz sentir, mas pelo silêncio de histórias que conta…
Não por não se ver ninguém, não por ser um deserto sem areia,
Não pelo esfriar que a Senhora das Candeias faz sentir, mas pelo ruído de vivências que desmonta…
Faço um balanço das horas que valeram naquele largo,
Nas brincadeiras, jogos e choradeiras que vivi e trago…
Recordações que são carinhos da alma, que são escape e poder que acalma!
Não fugi da rua da minha infância, mas esperneei para dela escapar o mais cedo possível…
Hoje que consegui… olho e quero voltar para a rua da minha infância.
É uma renúncia ao Adeus,
Uma ilusão que valerá a pena,
Um desarmafo dos meus
Hoje senti a minha rua pequena.

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