Como poderei deixar o aconchego?
Terei coragem para aguentar o comodismo?
Brilharei até onde com a penúria do ego e superego?
Até e porquê viverei do facilitismo?
Que miséria espiritual estarei eu a cultivar?
Poderei bradar ao universo, universo onde estás tu?
Quererei viver uma vida sempre tão cheia de vazio?
Terei a autonomia de me conquistar?
Conseguirei ter a afoiteza para me enfrentar perante a vida?
Conseguirei ter a audácia para penetrar e segurar os outros que me não são e são com um riso e um abraço?
Terei força para me aceitar tal como sou?
Terei a suficiente sabedoria de agradecer um regaço?
Como serei capaz de compreender os frutos das novas gerações?
As sementes que um dia plantei que frutos darão?
Estamos cheios de “eus vazios”. O Mundo terá espaço para si próprio?
Atentarei ao progresso e à mudança?
Conquistarei sempre um lugar?
Vingarei sempre o qb? Ou vingarei o bastante?
Como poderei inovar o trabalho?
Como conseguirei concretizar?
Aprofundarei as relações entre os seres sem ter medo de me magoar?
Até onde me poderei dar?
Gritarei sempre que quiser calar? E calarei sempre que quiser gritar?
Qual a essência da dúvida que me enche de enigmas a marear?
Merecerei um Lugar Divino um dia?
Estarei disposto ao fim?
De que viverá a morte?
Como procurarei serenidade?
Como terei paz d’alma?
Terei arrojo-capaz para falar de Deus?
Sentirei perpetuamente a fé que me protege?
Observarei sem tabu os prazeres simples da vida?
Espantar-me-ei com o poder da simplicidade?
Terei a fugacidade de me conseguir reapaixonar pelos entes e transeuntes?
Somos mais animais do que pensamos ser. Que ser serei eu?
Do que afinal serei capaz?
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"Se as minhas mãos pudessem desfolhar
ResponderEliminarEu pronuncio teu nome
nas noites escuras,
quando vêm os astros
beber na lua
e dormem nas ramagens
das frondes ocultas.
E eu me sinto oco
de paixão e de música.
Louco relógio que canta
mortas horas antigas.
Eu pronuncio teu nome,
nesta noite escura,
e teu nome me soa
mais distante que nunca.
Mais distante que todas as estrelas
e mais dolente que a mansa chuva.
Amar-te-ei como então
alguma vez? Que culpa
tem meu coração?
Se a névoa se esfuma,
que outra paixão me espera?
Será tranqüila e pura?
Se meus dedos pudessem
desfolhar a lua!!"