sábado, 29 de maio de 2010

Alma de saltos altos e botas da tropa

Olha!
Aquele estranho pedinte que parece um demente
Dotado de uma ousadia sem precedente.

Torpedeio com o que me rodeio:

Sai apregoando aos quatro ventos
Que somos um “manicómio social”
Retrospectando os tempos, definindo alentos
Instigando consciente este sistema global.

Ciente com o que me é indigente.
Escuta!
O velho e o seu método socrático de vida – “em qualquer direcção que percorras a tua alma, nunca encontrarás os seus limites”. De que essência a tua alma é feita?
A alma é torrencial de ingenuidade,
Trágica de emoção, galardoada de necessidade…
- De que essência?
A alma tem saltos altos e botas da tropa,
A alma é mais céu do que chão,
A alma tem contrabaixos e contraltos, e tem copa?
- Sim, onde escondes e foges, onde perdes e encontras o teu são.

“Alma minha alma diz-me quem eu sou”…
Sou mais longe do que eu, saio de mim… minha alma, por até onde vou?
- Vendo sonhos. Anda comigo!
Anda comigo…deixa-me trazer-te na alma.

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