terça-feira, 27 de abril de 2010

RuJo

Rompe e rasga com armas à cabeça!
Estamos em guerra com um capacete de pano
À espera que a paz sonhada aconteça!
Venha quem vier: mataremos X, P, T, O e o Beltrano!

À vista armada e com pensamentos de guerra:
Ansiamos um Gandhi na melhor versão!
Almejamos um Jesus Cristo na Terra, e
Anelamos “qual a motivação”?

Trinchamo-nos por entre balas e apoquentações!
Impressionamo-nos com tácticas e aparatos!
Bombardeados estamos de senhores dominadores
Que nos fazem parecer que intentam e nos tentam fazer sentir de medíocres ratos!
Confrontamo-nos, pelotão!
Com as mais frias guerras…
- Tu não (a)paras!
- E tu não erras!
As nossas motivações transcendem o bem e o mal…
As motivações da minha guerra que é nossa, não são por poder, economia, riqueza, imposição de ideias, classe social, etnia e religião…
As motivações são mais dignas… são as interiores.

Motivo, envolvo-me e interiorizo do quanto de vocês preciso,
Ru e Jo

domingo, 18 de abril de 2010

Drop Bang Dios Fin

As palavras aguardam-me por tempo exacto para falar...
Toda a gente pensa que tem sempre razão na hora certa.
Outro tempo acaba de começar:
Não sou mais eu, nem mais quase poeta…
Mas onde o coração chega…
a voz cala,
o olhar grita,
o gesto perdura
e a expressão por dentro sangra e perfura.
Careço de uma agenda de esquecimento,
Peço: “ensina-me a rezar outra prece”
Revogo esta, não quero mais o que acontece.
… Drop de esforço sobre-humano
… Bang de coragem
… Dios mi dano
… Fin de voltagem

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Joaninha?

Inspirada nos recantos do saber...
Conta no luscofusco de uma vida a viver.
Enches-nos de vida quando (en)contas de graciosidade, mergulhas-nos nas tuas expressões de contos de vida, histórias de verdade!
Lembras sempre com a tua natural simpatia a humildade de quem "se chegava ao pé de um rancho de pessoal, ria dele próprio e fazia rir toda a gente".
Procuras incessantemente a sintonia, personalizada como a tua família.
És a pedra angular...quem mais quero alcançar!
A minha veia é nutrida por ti, mulher da minha vida.
"Quem te inspira? Qual a tua musa?"
Podias ser uma semibreve, semínima, semicolcheia…mas és a minha sem-mim-fusa…
Todos os teus defeitos são músicos em descompasso,
Que tocam e preenchem silêncios cheios de espaço…
Faço um contratempo de amor sublime invulgar,
Reconheço! Mas voltando à cabeça do tema tocas em tudo sem falhar.
Ser a Mulher que és… talvez um dia…
És uma estrela… só quero ser o teu reflexo, Mamy.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

A rua da minha infância

Rua da minha infância…passei por ela,
Choraminguei de lembrança quando me vi nela.
Aquela calçada desenhada pela sombra do dia,
Aquela janela do sapateiro que olhava sempre quando passava mais um,
Aquela montra da mercearia que parece que continua igual,
Aquela esquina que medo de noite faz fazia,
Aquele passeio que tem um poste e que um dia catrapum!
Aquela rua um dia foi minha… Estou desigual e ela sempre leal.
A rua da minha infância agora está mais pequena,
Não pelo cheiro, não pelo som dos passarinhos,
Não pelo calor que ainda se faz sentir, mas pelo silêncio de histórias que conta…
Não por não se ver ninguém, não por ser um deserto sem areia,
Não pelo esfriar que a Senhora das Candeias faz sentir, mas pelo ruído de vivências que desmonta…
Faço um balanço das horas que valeram naquele largo,
Nas brincadeiras, jogos e choradeiras que vivi e trago…
Recordações que são carinhos da alma, que são escape e poder que acalma!
Não fugi da rua da minha infância, mas esperneei para dela escapar o mais cedo possível…
Hoje que consegui… olho e quero voltar para a rua da minha infância.
É uma renúncia ao Adeus,
Uma ilusão que valerá a pena,
Um desarmafo dos meus
Hoje senti a minha rua pequena.

domingo, 11 de abril de 2010

Saudade hoje venho

Saudade das saudades que tenho do não saber que a saudade traz.
Saudade da lembrança que recai
no pensamento
e bate forte cá dentro
como se fosse o que mais sobressai.
Saudade do sentir presente sem estar ausente. A presença, às vezes, faz ter saudade das saudades. A saudade, às vezes, faz ter presente a presença.
A lágrima saudade chora por um riso,
ri por um chorar involuntário que preciso...
O jeito da saudade forma outros entrejeitos e feitos.
Ah! Saudade...
A saudade é ela só...
Traz um só tão só que pesa, que enche, que devora, que crua,
que arrebata, que voa,
que foge, que continua,
que pára, que até por vezes nem soa.
Suo de tanta saudade que trago.
Desespero de tantas saudades que estrago.
Atentamente espero voltar a sentir saudade das saudades que não sei e tenho.
Saudade hoje venho...